Sem brincadeiras, muita gente acredita piamente que tudo que a gente faz, volta. Tudo que você pensa, fala, faz, emana, deseja, volta para você. E se você for uma pessoa ruim, sofrerá tudo de ruim que você causou a outras pessoas. O lado bom é, que se você for uma pessoa de boas ações, receberá o bem de volta na sua vida.
Faz sentido. E faz tanto sentido que existem religões baseadas nisso. Até porque, se você trata mal alguma pessoa, qualquer pessoa, alguma coisa esta pessoa vai fazer para retribuir. Se fizer o bem, também, embora haja tantas relações afetivas unilaterais no mundo.
Tem quem use a Lei do Retorno como ameaça a quem não agrada muito o seu gosto. Diz, em tom de profecia: Vai voltar, desgraçado! Você vai ver! E será que volta? Quando?
Digo isso porque temos tantas pessoas ruins no poder, não acha? Não quero discursar sobre partidarismos políticos, mas quero tocar no assunto do poderio econômico, político, social de algumas pessoas que não parecem ser muito legais (e aí, nos dois sentidos: "legais", por serem boas e "legais", por seguirem o ordenamento jurídico). Pensa comigo, pensa no Hitler: como esse cara fez tanto mal e não morreu como Judas Iscariotes, com as tripas para fora? Porque, se contar com o que ele ofereceu para o mundo, ele deveria sofrer um bocado para corresponder ao tratamento dado.
Hitler se suicidou, com um tiro na cabeça, ao ver a Alemanha perder a Segunda Grande Guerra. Para mim, isso é leve! Acho que a Lei do Retorno não agiu. E, ainda acrescento: como oferecem a eutanásia para quem está sofrendo alguma doença terminal, sem solução? A mesma solução de Hitler como alívio??? Não! Tem algo de errado com aí!
Às vezes, histórias horripilantes saem nos jornais: pais assassinando filhos, filhos assassinando pais e o resto da família, prisioneiros de guerra no Oriente Médio, condições de trabalho análogas a escravidão, acidentes por imprudência, ataques terroristas de causas duvidosas, corrupção... E o que acontece?
Julgamentos morosos, prisões atenuadas, fianças... Bons advogados?
Dizem que na prisão a vida é um terror (estou usando um eufemismo). Mas será que adianta para corrigir as ideias criminosas, as más inclinações, ou piora tudo de vez? Será que a famosa ação da tão citada Lei do Retorno é eficiente, eficaz e efetiva? Será que surta efeito?
Não sei. Sei que devemos pagar as nossas contas com amor, segundo Jesus Cristo. Segundo alguns outros, o mal, com mal se paga. E é este último pensamento que nos leva a guerras infinitas.
O pior de se acreditar na Lei do Retorno é quando ocorre algo ruim a uma pessoa e alguém diz que é culpa deste indivíduo que sofre, coitado. Não acho justo. Porque a vida é desigual. Porque alguns nascem em berço de ouro e outros, em locais menos favorecidos. A sociedade é desigual. Nem tudo que acontece com você é responsabilidade sua. Podemos morrer ou ficar doentes.
Pode ser que você tenha uma doença pulmonar por conta de cigarros que você fumou. Aí podemos dizer algo sobre responsabilidades, causa e efeito. Mas, mesmo assim, a pessoa pode ser um dependente químico. Entra aí o fator biológico e então: onde está o culpado?
Difícil encontrar culpados no mundo. E se você observar, o tempo todo, estamos tentando achar os culpados do que acontece no mundo. E pior: querendo revidar. São os culpados da alta do dólar, os culpados dos problemas climáticos, os culpados da fome... É, eu sei, o sistema é cruel. A desigualdade mata neste mundo atual. Mas, será que resolve a ação de culpar?
Talvez, seja melhor pensarmos sobre soluções para os problemas. Não acha? E aquele cara para quem você faz tudo e ele não te faz nada, esquece. Relações de amor unilaterais só desgastam. Não espere vingança. Ame alguém que te ama de verdade.
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